sábado, 9 de abril de 2011

Transtorno obsessivo-compulsivo

Síndrome do Toc
O chamado Transtorno Obsessivo-Compulsivo ("TOC") (na literatura em inglês Obsessive-Compulsive Disorder – "OCD") é uma doença em que o indivíduo apresenta obsessões ecompulsões, ou seja, sofre de idéias e/ou comportamentos que podem parecer absurdas ou ridículas para a própria pessoa e para os outros e mesmo assim são incontroláveis, repetitivas e persistentes. A pessoa é dominada por pensamentos desagradáveis que podem possuir conteúdo sexual, trágico, entre outros que são difíceis de afastar de sua mente, parecem sem sentido e são aliviados temporariamente por determinados comportamentos. O Transtorno Obsessivo-Compulsivo é considerado o quarto diagnóstico psiquiátrico mais frequente na população. De acordo com os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), até o ano 2020 o Transtorno Obsessivo-Compulsivo estará entre as dez causas mais importantes de comprometimento por doença. Além da interferência nas atividades, os Sintomas Obsessivo- Compulsivos (SOC) causam incómodo e angústia aos pacientes e seus familiares.

Compulsão é um comportamento consciente e repetitivo, como contar, verificar ou evitar um pensamento que serve para anular uma obsessão. Outros exemplos de compulsão são o ato de lavar as mãos ou tomar banho repetidamente, conferir reiteradamente se esqueceu algo como uma torneira aberta ou a porta de casa sem trancar. Deve-se deixar claro porém que para que esses comportamentos sejam considerados compulsivos, devem ocorrer em uma frequencia bem acima do necessário diante de qualquer padrão de avaliação.
Acomete 2 a 3% da população geral. A idade média de início costuma ser por volta dos 20 anos e acomete tanto homens como mulheres. Depressão Maior e Fobia Social podem acometer os pacientes com Transtorno Obsessivo-Compulsivo ao longo da vida.
Sintomas
Frequentemente as pessoas acometidas por este transtorno escondem de amigos e familiares essas ideias e comportamentos, tanto por vergonha quanto por terem noção do absurdo das exigências auto-impostas. Muitas vezes desconhecem que esses problemas fazem parte de um quadro psicológico tratável e cada vez mais responsivo à medicamentos específicos e à psicoterapia. As obsessões tendem a aumentar a ansiedade da pessoa ao passo que a execução de compulsões a reduz. Porém, se uma pessoa resiste a realizacão de uma compulsão ou é impedida de fazê-la surge intensa ansiedade. A pessoa pode perceber que a obsessão é irracional e reconhecê-la como um produto de sua mente, experimentando tanto a obsessão quanto a compulsão como algo fora de seu controle e desejo, o que causa muito sofrimento. Pode ser um problema incapacitante porque as obsessões podem consumir tempo (muitas horas do dia) e interferirem significativamente na rotina normal do indivíduo, no seu trabalho, em atividades sociais ou relacionamentos com amigos e familiares.

Tratamento

O tratamento deve ser individualizado, dependendo das características e da gravidade dos sintomas que o paciente apresenta. Em linhas gerais, contudo, utiliza-se a psicoterapia de orientação dinâmica ou cognitivo-comportamental associada com tratamento farmacológico às vezes, em doses bem mais elevadas que as utilizadas no tratamento da depressão. Entre os fármacos preconizados, destacam-se os Inibidores da Recaptação de Serotonina (IRS), tanto os seletivos como os não seletivos. A Clomipramina é a droga padrão-ouro, e muitosInibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina (ISRS), como fluoxetina, sertralina e paroxetina, são utilizados com boa eficácia.

TOC com idade de início precoce dos sintomas


Como já descrito acima, o perfil bimodal de prevalência do transtorno obsessivo-compulsivo de acordo com o sexo e idade de início dos sintomas reforçou a idéia de que o transtorno obsessivo-compulsivo de início precoce poderia representar um subgrupo distinto de pacientes.
É importante ressaltar que não existe consenso na literatura acerca de qual a idade que poderia ser considerada "início precoce" dos sintomas. Alguns autores propõem diferentes limiares para estudos clínicos, genéticos, neurobiológicos e de resposta ao tratamento. Alguns consideram precoce a idade inferior a sete anos;dez anos outros anterior a 15 anos e ainda anterior a 18 anos.



  • Aumento na freqüência de tiques e/ou ST entre os pacientes de início precoce (48%) em relação ao grupo de início tardio (grupo de início tardio);
  • Idade média do início das compulsões menor que a idade média do início das obsessões (7,8± 1,6 comparado com 9,3± 3,6). No grupo de início tardio não houve esta diferença, com idades médias para obsessões e compulsões praticamente iguais (23,9 e 24,0);
  • Média de pontos na Y-BOCS mais alta no início precoce (30,3) do que no grupo de início tardio (26,6);
  • Aumento de freqüência de fenômenos sensoriais precedendo ou acompanhando as compulsões no início precoce;
  • Aumento na média de comorbidades no início precoce (3,0) do que no grupo de início tardio (1,8);
  • Diferenças estatisticamente significantes entre os dois grupos para obsessões e compulsões de colecionismo (p=0,05), compulsões de repetição (p=0,05) e compulsões do tipo tic-like;
  • Resposta significativamente pior no início precoce ao tratamento de curto prazo com clomipramina em relação ao grupo de início tardio.



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